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Militantes da Irmandade Muçulmana condenados por ataque a Igreja no Cairo

30 abr, 2015

Advogados de defesa falam em perseguição política e dizem não haver provas do envolvimento dos seus clientes no ataque.

Militantes da Irmandade Muçulmana condenados por ataque a Igreja no Cairo
Um grupo de 69 militantes da Irmandade Muçulmana foi condenado a penas de prisão de 25 anos por terem atacado e destruído uma Igreja no Cairo em 2013.

Os ataques aconteceram depois da deposição do regime liderado por Mohamed Morsi, que era dominado pela Irmandade Muçulmana. Na altura mais de 100 Igrejas ou edifícios ligados à Igreja foram atacados.

A tomada de poder por parte das forças armadas foi saudada pelas principais figuras religiosas do país, incluindo o líder da Igreja Copta, a maior igreja cristã do Egipto, com cerca de 12 milhões de fiéis. Os ataques a igrejas e a cristãos foram vistos então como retaliação por parte de forças radicais islâmicas.

O novo regime, liderado agora pelo general Sisi, tem perseguido qualquer pessoa com ligações à Irmandade Muçulmana, entretanto criminalizada e centenas dos seus membros foram condenados à morte.

Os advogados de defesa lamentam, contudo, uma situação que consideram de mera perseguição política. “Não existem quaisquer provas contra os acusados”, diz um dos advogados, “até o padre da Igreja diz que não viu nenhum deles na altura do incidente”.

A decisão do tribunal, que é passível de recurso, envolve ainda o pagamento de uma indemnização de cerca de 2.000 euros por parte de cada um dos condenados.