Rádios de inspiração cristã rejeitam visto prévio de cobertura das eleições
24 abr, 2015 • Filipe d’Avillez
A ARIC lamenta que os legisladores estejam mais preocupados em controlar a agenda dos órgãos de comunicação do que em mudar a lei dos tempos de antena que “tantos problemas tem dado”.
As rádios de inspiração cristã rejeitam a ideia de que os planos de cobertura das eleições legislativas sejam submetidos a uma comissão para visto prévio.
Num comunicado emitido esta sexta-feira, a Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC) começa por lamentar que, enquanto representante de mais de 60 emissoras locais, não tenha sido sequer consultada antes da apresentação da proposta de lei.
Segundo a ARIC, o projecto revela "total desconhecimento" da "mecânica de funcionamento da informação radiofónica".
Mais, diz o comunicado: "Não é aceitável num estado democrático que os poderes políticos queiram limitar a participação dos órgãos de comunicação social tenham que divulgar com antecedência a sua agenda informativa".
A direcção da ARIC diz ainda que é "lamentável" que "os legisladores se tenham preocupado com a agenda dos órgãos de comunicação social, mas se tenham esquecido uma vez mais de alterar a lei dos tempos de antena, que tantos problemas tem dado aos operadores e ao Governo".
O comunicado termina com duas tomadas de posição. Por um lado, a ARIC pede aos partidos políticos que subscreveram a proposta que revejam a sua posição; por outro, no caso de a proposta ser aprovada tal como está, "a ARIC reserva-se ao direito de assumir a posição que melhor defenda as rádios suas associadas e as populações que estas servem".