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Estado Islâmico sequestra uma centena de cristãos no Nordeste da Síria

23 fev, 2015 • Filipe d'Avillez e Redacção

Terroristas atacaram aldeias sírias, levando três mil pessoas a fugir das suas casas.

Estado Islâmico sequestra uma centena de cristãos no Nordeste da Síria
O autodenominado Estado Islâmico terá sequestrado perto de cem cristãos de aldeias do Nordeste da Síria. A informação está a ser avançada à agência Reuters pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

O director deste organismo, com sede no Reino Unido, revelou que os sequestros ocorreram depois de os terroristas terem atacado duas localidades cristãs sob o controlo de forças curdas na província de Hassakeh.

Esta informação também já confirmada pela organização Demand for Action, que faz campanha a favor dos assírios, o grupo étnico a que pertence a esmagadora maioria dos cristãos que vivem na Síria e no Iraque.

"O Estado Islâmico atacou aldeias sírias, por volta das 5h00, e levaram à fuga de três mil pessoas", disse o fundador da organização, Nuri Kino. "Isso foi-nos confirmado por diferentes fontes: refugiados e combatentes que entraram em contacto com parentes na Suécia, Alemanha e Canadá."

Segundo este responsável, entre 70 a 90 pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram sequestradas e os homens foram levados para o monte Abd al-Aziz.

Na segunda-feira, os relatos iniciais da Demand for Action, noticiados pela Renascença, davam conta do sequestro de cerca de 200 homens – número que é agora revisto em baixa pela mesma organização.

Segundo a informação disponível na segunda-feira, o grupo estaria a exigir a libertação de militantes seus nas mãos das forças armadas curdas, o principal grupo na área que continua a resistir aos avanços dos terroristas.

O Estado Islâmico tem perseguido os cristãos em todo o território que ocupa. Recentemente 21 cristãos coptas, oriundos do Egipto, foram decapitados pelo grupo depois de terem sido raptados na Líbia.

A Demand for Action está sedeada na Suécia, onde existe uma grande comunidade de assírios. Tem uma rede de apoio que se estende por toda a diáspora assíria e possui uma rede de contactos no terreno, composto em parte por conhecidos e familiares que continuam no Iraque e na Síria.

[Notícia actualizada 11h22 de 24-02-2015]