Siga-nos no Whatsapp

Presidente turco diz que apoio americano em Kobani é "inapropriado"

20 out, 2014

O comando central americano distribuiu armas, munições e equipamento médico aos curdos que combatem o Estado Islâmico perto da cidade síria.

O primeiro-ministro turco disse que seria "inapropriado" para os Estados Unidos da América apoiar as forças curdas que combatem o Estado Islâmico em Kobani, na Síria, e que considera "terroristas", avança a imprensa turca.

A Turquia olha com desconfiança para os curdos na Síria devido às suas ligações com o PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, um grupo que travou durante décadas uma campanha militar pelos direitos curdos na Turquia.

No entanto, o primeiro-ministro da Turquia anunciou que o seu país vai facilitar a passagem de soldados do Curdistão Iraquiano para auxiliar os curdos em Kobani. Os "peshmerga" como são conhecidos os militares curdos, só conseguem entrar em Kobani via a Turquia, uma vez que a cidade continua cercada de três lados diferentes pelo Estado Islâmico.

No sábado, Barack Obama terá conversado por telefone com o primeiro-ministro turco para discutir a urgência em reabastecer as forças armadas curdas em Kobani, notificando o primeiro-ministro turco do apoio fornecido pela força aérea americana.

O comando central americano anunciou, no passado domingo, ter distribuído armas, munições e equipamento médico aos curdos que combatem o Estado Islâmico perto de Kobani. 

"Três aviões americanos lançaram 27 conjuntos de suprimentos para os curdos na Síria", disse um segundo oficial americano, acrescentando que os aviões deixaram o espaço aéreo da Síria sem danos e que, na sua maioria, os suprimentos alcançaram os locais pretendidos.

Os ataques aéreos dos últimos dias, em conjunto com a contínua resistência contra o Estado Islâmico no território, conseguiram abrandar os avanços do grupo para a cidade e atingir centenas de combatentes islâmicos, avançou o Comando Central.

O comunicado, o primeiro anúncio oficial de ajuda aos sírios por parte dos EUA, significa um passo no esforço americano de ajudar as forças locais a fazer recuar o grupo islâmico na Síria. 

Em reacção oposta à da Turquia, o porta-voz de um grupo armado de curdos, Redur Xelil, disse à Reuters, via Skype, que “o impacto da ajuda americana será positivo para o decurso das operações militares e, certamente, é esperado mais apoio”.

[Notícia actulizada às 14h37]