D. António Francisco dos Santos destaca o aparente apoio dado à família, mas critica a falta de consenso político e a manutenção da austeridade, na proposta de Orçamento do Estado, apresentado esta semana pelo Governo.
Não se pode sacrificar o empreendedorismo e a criação de emprego só por causa da redução do défice, afirma: “Não podemos fixar-nos só na austeridade, temos de ver que a redução do défice e todas as imposições não pode asfixiar uma dinâmica nova de empreendedorismo, de criação de emprego e uma capacidade de dar de novo esperança aos portugueses”.
São problemas que se poderiam precaver caso se envolvessem mais pessoas na preparação do orçamento. “Não se pode fazer um orçamento apenas centrado nos responsáveis pelo Governo, deviam envolver-se outras forças políticas e termos uma capacidade de diálogo mais alargado, sentarmo-nos à mesa com participantes de maior abrangência e de envolver o todo nacional nas decisões que a todos dizem respeito.”
Mas nem tudo são críticas. D. António Francisco dos Santos elogia as medidas de apoio à família que foram anunciadas. “Há pequenos índices que podem ser sinais significativos do valor que finalmente se quer dar à família e do aliviar do peso para as famílias numerosas e aqueles que têm filhos ou idosos a seu cargo, é uma nota positiva que quero referir.”
Declarações de D. António Francisco dos Santos na
abertura do Colóquio que assinala os 900 anos da restauração da Diocese do Porto.
Tudo sobre o Orçamento do Estado de 2015