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Machete defende que líderes religiosos devem ajudar a combater extremismo

25 set, 2014

Governante português diz que é “muito importante ter a colaboração dos países muçulmanos e dos muçulmanos em geral” no combate ao Estado Islâmico.

Machete defende que líderes religiosos devem ajudar a combater extremismo

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, defendeu que o combate ao extremismo de grupos como o Estado Islâmico deve ser feito com a cooperação dos países islâmicos e dos respectivos líderes religiosos.

"É muito importante ter a colaboração dos países muçulmanos e dos muçulmanos em geral, das autoridades religiosas, para desautorizar, para as pessoas perceberem que esta acção do Estado Islâmico é profundamente ilegítima mesmo numa perspectiva religiosa", disse Rui Machete numa entrevista concedida à Rádio ONU em Nova Iorque, onde participa na 69ª sessão anual da Assembleia-Geral das Nações Unidas, que decorre até 30 de Setembro.

O chefe da diplomacia portuguesa considera que é necessário os países islâmicos procederem a essa desautorização "sobretudo através das lideranças religiosas", para que ela "não apareça como uma espécie de movimento do Ocidente contra o Oriente".

Trata-se, frisou, de "um movimento dos povos civilizados e das pessoas que respeitam a dignidade humana e o outro contra aqueles que desrespeitam e são verdadeiramente criminosos e assassinos".

Para o ministro português, "a questão mais importante do combate ao terrorismo, e especificamente ao terrorismo do Estado Islâmico, é conquistar os espíritos para a condenação das acções terroristas e desse projecto imperialista - que é utópico mas comete muitos crimes e cria situações dramáticas em muitos países - de tentar reconstituir um califado, isto é, uma união do poder político e do poder religioso opressiva das pessoas e que não olha a meios para atingir os seus fins".