Siga-nos no Whatsapp

Dezenas de milhares manifestam-se em solidariedade pelos cristãos no Iraque

02 ago, 2014 • Filipe d’Avillez

Movimento #DemandForAction exige protecção para os cristãos e a criação de uma região autónoma para os cristãos viverem em paz na planície de Nínive, no Iraque.  

Dezenas de milhares manifestam-se em solidariedade pelos cristãos no Iraque
Pelo menos 50 mil pessoas manifestaram-se este sábado, um pouco por todo o mundo, em solidariedade com os cristãos do Iraque, que têm sido perseguidos por terroristas do auto-denominado Estado Islâmico.

Os manifestantes, na sua maioria cristãos do Médio Oriente a viver na diáspora, pedem também a criação de uma zona segura onde os cristãos no Iraque possam viver em paz, como explica Mardean Isaac, que organizou a manifestação em Londres.

“Em primeiro lugar pedimos o reconhecimento de que o que se está a passar é limpeza étnico-religiosa. No Iraque não temos qualquer protecção. Não temos segurança própria, não temos recursos legais ou políticos, fomos entregues ao caos, sem nada para nos defender.”

“Muitos dos cartazes na manifestação pediam acção imediata [#DemandForAction] e a frase Local Seguro Já [#SafeHavenNow]. Esta frase refere-se ao nosso desejo de criar uma região semiautónoma onde possamos ser senhores do nosso próprio destino. Queremos uma zona onde possamos viver lado a lado com as outras minorias que habitam a região”, explica Mardean Isaac.

A ideia de se criar uma zona segura para os cristãos na planície de Nínive não é nova, mas tem sido liminarmente recusada pelos líderes religiosos das comunidades cristãs do Iraque, algo que não desencoraja os milhares de manifestantes que se reuniram desde Estocolmo a Sidney, passando por Londres e Los Angels, esta tarde.

Seguindo as frases #DemandForAction e #SafeHavenNow é possível ver imagens e relatos destas manifestações no Twitter e outras redes sociais.

O recente avanço do Estado Islâmico, no Iraque, levou à fuga de centenas de milhares de cristãos que viviam na zona de Mosul, que agora vivem em condições precárias noutras cidades ou nos países vizinhos.