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Bispo português que combateu a escravatura declarado venerável

09 jul, 2014 • Ecclesia

D. António Ferreira Viçoso nasceu em 1787 e exerceu o seu episcopado no Brasil, na diocese de Mariana.  

O Papa aprovou esta quarta-feira a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heróicas” de D. António Ferreira Viçoso (1787-1875), bispo de Mariana (Brasil), nascido em Peniche, que recebe assim o título de “venerável”.

Esta é uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade.

D. António Ferreira Viçoso foi bispo de Mariana entre 1844 e 1875 e é recordado no Brasil pelo seu humanismo, a luta contra a escravatura e as preocupações com a educação e o meio ambiente.

António Ferreira Viçoso, religioso lazarista, nasceu em Portugal a 13 de maio de 1787 e foi ordenado sacerdote em 1818, sendo professor em Évora antes de embarcar para o Brasil, aos 32 anos.

Nomeado bispo de Mariana, em 1843, promoveu uma reforma do clero e apostou em obras de caridade e educação, entre elas o primeiro colégio feminino de Minas Gerais; antes, em 1840, escreveu, o texto “A escravatura ofendida e defendida”.

O Papa Francisco autorizou ainda a publicação de decretos que reconhecem as "virtudes heróicas" de um sacerdote espanhol e outro francês, de duas religiosas italianas e uma turca, para além de um leigo italiano, que viveram entre os séculos XIX e XX.

A canonização, ato reservado ao Papa desde o século XIII, é a confirmação, por parte da Igreja Católica, que um fiel católico é digno de culto público universal (os beatos têm culto local) e de ser apresentado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.