Papa renova críticas à corrupção
17 jun, 2014 • Ecclesia
Francisco condena quem reduz pessoas a “mercadoria”.
O Papa renovou esta terça-feira no Vaticano as suas crítica à corrupção, nas várias dimensões da vida social e eclesial, condenando quem reduz as pessoas a uma “mercadoria”.
“O corrupto irrita Deus e faz pecar o povo”, declarou Francisco, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
O Papa definiu os corruptos como aqueles que “roubam” e que “matam”, para os quais está reservada a “maldição de Deus, porque exploram os inocentes, os que não se podem defender, e fizeram-no com luvas brancas, de longe, sem sujar as mãos”.
Quando alguém entra nesta estrada da corrupção, acrescentou Francisco, “perde a vida, usurpa e vende-se”, transformando-se numa “mercadoria”.
“Esta é a definição: é uma mercadoria. O que é que o Senhor fará com os corruptos, qualquer que seja a corrupção?”, perguntou.
“Como cristãos, o nosso dever é pedir perdão por eles e que o Senhor lhes dê a graça de se arrependerem, para que não morram com o coração corrompido”, prosseguiu.
O Papa já se tinha referido ao tema na homilia de segunda-feira, quando afirmou que os pobres pagam sempre o preço da corrupção, classificando-os como “mártires da corrupção política, económica e eclesiástica”.