Um tribunal egípcio recomendou a pena de morte para 682 militantes da Irmandade Muçulmana, esta segunda-feira.
Segundo o sistema judicial egípcio, a recomendação é feita ao mufti do país, a principal figura religiosa do Islão Sunita no Egipto, mas a sua opinião não é vinculativa e pode ser ignorada pelo tribunal.
Em Março, por exemplo,
foram condenados mais de 500 militantes mas na decisão definitiva, que também foi divulgada esta segunda-feira, apenas se manteve a pena de morte para 37, com as restantes penas a serem comutadas a prisão perpétua.
Desde a queda do regime de Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, esta organização foi ilegalizada e é actualmente considerado um movimento terrorista. A situação levou a um conflito aberto entre os militantes islâmicos e as forças do Governo.
O Egipto prepara-se agora para eleições presidenciais, que se realizam já
em finais de Maio. O actual ministro da Defesa e arquitecto da deposição de Morsi, General Sisi, é candidato e prevê-se que vença o escrutínio.