O CEO da Mozilla, Brendan Eich, apresentou a sua demissão na quinta-feira depois de menos de duas semanas no cargo.
Eich acabou por sucumbir à pressão que se seguiu à revelação de que em 2008 ele doou 1.000 dólares, cerca de 730 euros à taxa de câmbio actual, à campanha a favor do “Proposition 8”, uma emenda constitucional na Califórnia para definir o casamento como sendo exclusivamente entre um homem e uma mulher.
Esta oposição de Eich à alteração do conceito tradicional de casamento para incluir uniões entre pessoas do mesmo sexo conduziu a uma onda de críticas nas redes sociais, incluindo por parte de funcionários da Mozilla.
Um site de encontros on-line optou mesmo por impedir o acesso a utilizadores da Firefox, o browser da Mozilla, devido às posições sociais e políticas de Eich.
Horas depois de Eich ter sido pressionado a demitir-se por causa das suas opiniões, a Mozilla publicou um comunicado a pedir desculpa aos seus críticos por não ter agido mais cedo e a dizer que a cultura organizacional da empresa “reflecte diversidade e inclusão. Aceitamos contribuições de toda a gente, independentemente da idade, cultura, etnia, género, identidade de género, língua, raça, orientação sexual, localização geográfica e convicções religiosas”.
Ao longo dos úlitmos meses, sobretudo desde uma decisão do supremo tribunal que considerou inconstitucional a lei federal que impedia o Governo de reconhecer os casamentos homossexuais celebrados em diferentes Estados,
tem havido diversos incidentes de pessoas a perder o emprego por expressar a sua oposição ao casamento entre homossexuais, bem como casos de pessoas multadas ou obrigadas a fechar os seus negócios por se recusarem a prestar serviços nessas celebrações.