A Polícia Judiciária está a investigar o reitor do seminário diocesano do Funchal por suspeitas de abusos de antigos alunos da instituição. A Igreja local garante total colaboração com as autoridades neste caso.
Segundo o “Diário de Notícias da Madeira”, a investigação está a decorrer há dois meses e foi desencadeada por uma queixa-crime. Desconhece-se a que altura se reportam os factos relatados na denúncia.
Algumas pessoas foram inquiridas nos últimos dias, refere o jornal.
Em comunicado, a diocese do Funchal garante desconhecer “o teor do texto da denúncia”, mas sublinha que, “se há suspeitas, elas devem ser investigadas e levadas até ao fim, na procura da verdade, responsabilizando quem eventualmente possa e deva ser responsabilizado”.
A diocese assegura ainda que “estará sempre disponível a colaborar com as autoridades competentes" e diz que a Igreja Católica "tem sido no mundo a instituição que mais tem agido na condenação dos actos de pedofilia e de abuso de menores".
Mas também questiona se terão sido “avaliadas as consequências desta notícia”, e se terá havido “cuidado ético” no seu tratamento, para evitar que suspeitas se transformem em “quase verdades”, atingindo “de forma irreparável, pessoas e instituições, que muito dão à Igreja e à juventude”.
O comunicado recorda que o Papa Francisco chamou recentemente à atenção “para os pecados da comunicação social” quando, “sem o devido respeito pelas pessoas e pelos valores”, calunia, difama e desinforma.