Patriarca considera que tragédia do Meco exige reflexão
29 jan, 2014
D. Manuel Clemente diferencia entre “manifestação de camaradagem e da vida académica e aquilo que é claramente um abuso e um desrespeito dos direitos humanos”.
O Patriarca de Lisboa considera que o caso dos estudantes que morreram na Praia do Meco exige uma reflexão colectiva.
D. Manuel Clemente afirma que o debate em torno das praxes académicas, suscitado pela morte de seis estudantes da Universidade Lusófona em circunstâncias que permanecem por esclarecer, deve servir para uma reflexão sobre a relação entre os jovens, as famílias e as universidades.
“Este caso é trágico e antes de mais quero expressar a minha solidariedade para as famílias, mas alerta-nos para um problema que não é de agora, que se prolonga, e que só pode ser respondido com o envolvimento positivo de todas as partes, não só das famílias e dos estudantes, claro está, que são maiores, mas também das instituições universitárias e da sociedade em geral.”
“Temos de ter cuidado e a justa medida entre o que é uma manifestação de camaradagem e da vida académica e aquilo que é claramente um abuso e um desrespeito dos direitos humanos que devem ser sempre preservados”, considera ainda o Patriarca de Lisboa.
D. Manuel Clemente falava à margem das cerimónias de abertura do ano judicial, em Lisboa, na quarta-feira.