10 jan, 2014 • Isabel Pacheco
O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga defende que o turismo religioso também é um instrumento de evangelização, devendo ser encarado pela Igreja como uma oportunidade para reafirmar a fé de uns e para a dar a conhecer a outros.
“A Igreja terá de ver no turismo religioso uma oportunidade para evangelizar e para fazer com que os turistas, aqueles que passam por esses lugares, sejam capazes de se enriquecer na sua fé ou, pelo menos, de obter um conhecimento de que foi a fé que gerou aquela realidade que se pode visitar e que se pode conhecer”, afirma o prelado.
A dimensão evangelizadora do turismo está em debate, hoje e amanhã, em Fátima, nas jornadas nacionais da Pastoral do Turismo, que querem ser um espaço de reflexão sobre as oportunidades que surgem perante a tendência de crescimento do sector.
D. Jorge sublinha que, para a Igreja, esta oportunidade não deve ficar apenas pela sua dimensão material - “de simples desenvolvimento económico de uma região”, sublinhando-se apenas “a importância da criação de mais lugares de emprego” -, devendo antes constituir “uma realidade própria”, com dimensão evangelizadora.
Em Braga, o Santuário do Bom Jesus recebe um milhão de visitantes por ano, mas este é um número que pode aumentar, agora que foi entregue a candidatura do espaço a Património da Humanidade.
A par do Bom Jesus, Braga conta com o Santuário Mariano de Nossa Senhora do Sameiro, com o mosteiro de Tibães, o Santuário de São Bento da Porta Aberta e Sé Catedral, a que se juntam as celebrações da Semana Santa.