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Mandela como Gandhi e Luther King

06 dez, 2013 • Ângela Roque

"Sobre Nelson Mandela, o meu comentário só pode ser de profundo respeito e admiração pela sua vida e pelo seu legado", diz o Patriarca.

Mandela como Gandhi e Luther King
O Patriarca não tem dúvidas de que Mandela, que morreu na quinta-feira aos 95 anos, ficará para a história ao lado de outros grandes nomes do século XX.

“Ele insere-se numa galeria que no século XX teve outros grandes vultos como: Mahatma Gandhi, para criação da União indiana, também com esta atitude de persistência e justiça, de não abandonar nunca a sua causa mas sem usar meios violentos, ou então de Martin Luther King, nos Estados Unidos da América, em defesa dos direitos da população de cor.”

D. Manuel Clemente considera que Mabiba deixa ao mundo um legado insubstituível ao provar que se pode lutar por causas justas sem violência. “Sobre Nelson Mandela o meu comentário só pode ser de profundo respeito e admiração pela sua vida e pelo seu legado, porque conseguiu a liberdade do seu povo e a reconciliação entre os diversos componentes do seu país, uma luta muito persistente mas que envolveu ao mesmo tempo a justiça e a paz”, afirma.

Em declarações à Renascença, o Patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal, fala do exemplo legado pelo líder africano: “É o exemplo acabado e belo, e muito entusiasmante de como é assim que devemos fazer. Quando há situações a ultrapassar, e graves como aquela que era o apartheid que infligia tanto sobre o seu povo, ele conseguiu ultrapassar essa situação inaceitável com uma luta persistente, fundamentalmente não violenta, ou então com a violência dos pacíficos, e isto é um grande legado que ele nos deixa.”

“Estes homens mostram que é possível levar por diante a causa da justiça sem lesar a causa da paz e sem nunca desistir de envolver o próprio adversário na mesma luta. É um exemplo muito belo da humanidade que assim vence e nos convence”, conclui D. Manuel Clemente.