Os islamitas têm ganho preponderância entre os rebeldes, mas o Exército Livre da Síria é secularista e já afirmou várias vezes querer uma Síria onde todas as religiões possam viver em paz.
A agência independente ANA, gerida por sírios a partir do Cairo, dá conta de combates intensos entre duas facções rebeldes na Síria.
Segundo o co-dirigente da ANA, Rami Jarrah, os combates travam-se desde dia 10 de Novembro entre o Exército Livre da Síria (FSA) e militantes do Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS), um grupo islamita.
O crescente peso de combatentes islamitas nas fileiras dos rebeldes na Síria tem sido um calcanhar de Aquiles em termos de credibilidade do movimento, ao nível internacional. Nos passados meses os islamitas têm imposto a lei islâmica em largas partes da Síria, procedendo também ao massacre de cristãos e membros de outras minorias religiosas, e destruindo símbolos e locais de culto cristãos.
Já o Exército Livre é secularista e já afirmou várias vezes querer uma Síria onde todas as religiões possam viver em paz.
O FSA acusa o ISIS de “não cumprir os princípios da revolução”.
Segundo informação apurada pela ANA, dezenas de combatentes da ISIS terão perdido a vida nesta batalha, que se trava na região de Latakia. Reforços foram chamados, mas enfrentam dura resistência por parte dos militares do Exército Livre.
A maioria dos cristãos e membros de outras minorias religiosas na Síria apoiam o regime, em grande parte por causa da influência islamita entre os rebeldes. Um cristão sírio que apoia abertamente os rebeldes desde o início da revolução, reagiu à notícia da batalha entre o FSA e o ISIS com um simples: “Já não era sem tempo”.