Pietro Parolin regressa a Roma depois de um percurso de quatro anos como representante da Santa Sé na Venezuela.
O cardeal Bertone abandona esta terça-feira o cargo de secretário de Estado do Vaticano, sendo substituído pelo diplomata Pietro Parolin, de 58 anos. A troca de poderes entre Bertone e Parolin abre uma nova era na vida da Secretaria de Estado.
Durante os sete anos de governo no Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone (quase com 79 anos e que trabalhou com Ratzinger na Congregação para a Doutrina da Fé) foi alvo de duras críticas, quer pelo facto de não ter experiência nem formação diplomática, quer pelo seu nome surgir nos documentos roubados, no chamado dossier “vatileaks”.
Pelo contrário, Monsenhor Pietro Parolin, com 58 anos e, até agora, núncio apostólico na Venezuela, tem uma vasta experiência diplomática – não só na América Latina, mas também na Ásia. Além disso, conta com um percurso significativo (entre 2002 e 2009) como vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Vaticano.
De carácter cordial e com fama de “bom sacerdote”, este arcebispo diplomata é muito bem visto entre as embaixadas com acreditação junto da Santa Sé.
Numa recente entrevista publicada na Venezuela, Monsenhor Parolin elogiou o estilo de simplicidade e proximidade do Papa Francisco, bem como os seus esforços para que a Igreja tenha uma presença mais significativa no mundo de hoje.
A tarefa de Parolin na Venezuela era considerada particularmente complicada, uma vez que a “revolução socialista” posta em prática por Hugo Chávez colidiu várias vezes com os interesses da Igreja Católica.
A passagem de testemunho teve lugar oficilamente às 12h no Vaticano, 11h em Lisboa.