Bispos sírios raptados estarão vivos
27 set, 2013
Já foram dados como mortos, mas a notícia nunca foi confirmada. O seu desaparecimento é um sinal da situação difícil que vivem os cristãos na Síria.
Os dois bispos sírios que foram raptados em Abril de 2013, há mais de cinco meses, podem estar vivos, segundo fontes credíveis no Médio Oriente.
Um site de língua inglesa dedicado ao Médio Oriente, o “Al-Monitor”, cita fontes oficiais libanesas que indicam que os bispos Yohanna Ibrahim e Boulos Yazigi estão vivos e estarão a ser guardados na cidade de Azaz, junto à fronteira com a Turquia.
As autoridades libanesas foram sido informadas pelos serviços secretos turcos, ainda segundo o “Al-Monitor”. Estas, que observam constantemente a região junto à sua fronteira terão sido notificadas por um informador que viu um grupo de rebeldes chechenos a levar os bispos para o exterior do local onde estão a ser guardados, para apanhar ar fresco.
A ideia de que os bispos, respectivamente da Igreja Greco-Ortodoxa e da Igreja Siro-Ortodoxa, teriam sido raptados por fundamentalistas estrangeiros já tinha sido avançada na altura do seu desaparecimento. Vários grupos estrangeiros actuam na Síria e os chechenos são conhecidos por serem particularmente violentos.
O bispo Yohanna Ibrahim é irmão do Patriarca Ortodoxo de Damasco, João X, que esta sexta-feira se encontrou com o Papa Francisco, em Roma. O assunto dos bispos raptados, e da situação dos cristãos sírios em geral, esteve certamente em cima da mesa.
À medida que os radicais islâmicos ganham peso entre a oposição ao regime na Síria, as notícias para os cristãos nas zonas ocupadas pelos rebeldes tendem a piorar. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização próxima dos rebeldes, sobretudo de vertente secular, confirma uma série de profanações de símbolos cristãos na cidade de Raqa, que está parcialmente ocupada por milícias islamitas e sujeita a lei islâmica.