26 set, 2013
Yusai Sukai, um respeitadíssimo monge buditsa japonês que chegou a privar com João Paulo II, tendo-lhe explicado o essencial do Budismo, morreu, ontem, aos 87 anos.
Apesar de ter nascido no Japão, onde o Budismo é predominante, Sukai apenas se converteu a esta religião após a II Guerra Mundial, um conflito a que nem sequer deveria ter sobrevivido, uma vez que treinou como kamikaze, os pilotos suicidas que despenhavam os seus aviões, carregados de explosivos, contra navios dos Aliados.
Enquanto monge budista, Yusai Sukai alcançou fama ao tornar-se numa de apenas três pessoas em todo o país que conseguiram completar a peregrinação Sennichi Kaiho Gyo, que dura sete anos.
Durante esta peregrinação o fiel deve completar mil dias de caminhadas ascéticas na montanha Hieizan. Completadas todas as etapas da peregrinação, a pessoa fica fechada numa sala de oração durante nove dias, repetindo 100 mil vezes uma mantra específica, sem comer, beber ou dormir.
Finda esta prova de fé e de resistência, o fiel passa a ser conhecido como “Dai Ajari”, que significa Grande Mestre, e, entre outras coisas, recebe a honra de poder entrar calçado no palácio imperial.
Yusai Sukai foi recebido, em 1995, pelo Papa João Paulo II, tendo explicado ao Santo Padre os princípios do Budismo.