O ataque não foi reivindicado, mas vários grupos radicais sunitas operam no Paquistão, onde os xiitas compõem apenas 10% da população de 180 milhões de pessoas.
Pelo menos 39 pessoas morreram e outras 72 ficaram feridas em dois atentados suicidas à porta de mesquitas xiitas na cidade paquistanesa de Parachinar, perto da fronteira com o Paquistão.
Os bombistas suicidas faziam-se transportar em motocicletas.
O ataque não foi reivindicado, mas vários grupos radicais sunitas operam no Paquistão, onde os xiitas compõem apenas 10% da população de 180 milhões de pessoas.
Estes ataques contra a comunidade xiita têm se tornado recorrentes no Paquistão nos últimos meses.
O atentado ocorreu numa altura em que a tensão entre as duas principais correntes islâmicas está em ponto de ebulição em todo o mundo islâmico. O centro actual do conflito está na Síria, com os rebeldes, constituídos quase exclusivamente por sírios da maioria sunita, a combater contra um regime cuja espinha dorsal é composta por alauitas, que pertencem à família xiita.
Desde o início do conflito ambos os lados têm sido reforçados por voluntários. Do lado sunita têm vindo armas e militantes de vários países de maioria sunita. Ao lado do regime está o Irão, a única potência xiita do mundo muçulmano, o Hezbollah, a milícia libanesa xiita e mais recentemente têm surgido voluntários xiitas do Iraque, também.
Outros focos de tensão têm surgido recentemente no Egipto, no Iraque e ainda no Bahrein.