Autoridades ordenam detenção de líderes da Irmandade Muçulmana no Egipto
10 jul, 2013
Militares alegam que foram atacados por “terroristas”, instigados pela Irmandade Muçulmana, antes de abrir fogo contra manifestantes, e por isso culpam os seus líderes pela violência.
O procurador-geral do Egipto anunciou esta quarta-feira a ordem de detenção dos líderes da Irmandade Muçulmana, naquele país. Os islamistas são acusados de incitar à violência e de terem causado as revoltas que ao longo dos últimos dias já fizeram meia centena de mortos.
A maioria dos mortos são apoiantes da Irmandade e do Presidente deposto, Mohamed Morsi. Muitas das vítimas foram atingidas a tiro por militares que abriram fogo contra uma multidão que protestava o golpe que derrubou o Governo eleito o ano passado.
Mas os militares alegam que os soldados foram atacados por “terroristas”, instigados pela Irmandade Muçulmana, e por isso culpam os seus líderes pela violência.
A Irmandade rejeita todas as acusações e acusam as autoridades de traição: “Que podemos fazer? Num estado policial em que os polícias são criminosos, a judiciária são traidores e os investigadores fabricam provas, que se pode fazer?”, pergunta Gehad El-Haddad, porta-voz da Irmandade Muçulmana.