Missas por todo o país em memória de São Josemaria Escrivá
26 jun, 2013 • Filipe d’Avillez
O santo e fundador do Opus Dei foi canonizado em 2002. A missa pelo seu dia litúrgico, em Lisboa, será celebrada por D. Nuno Brás.
Celebra-se esta quarta-feira uma missa na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em memória de São Josemaria Escrivá, o fundador do Opus Dei, canonizado em 2002. A celebração terá lugar às 19h00 e é presidida pelo bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás.
Esta é apenas uma de várias missas a celebrar em todo o país, no dia em que a Igreja assinala a festa litúrgica do santo espanhol. Em Viseu a celebração também será presidida por um bispo, neste caso D. Ilídio Leandro, e terá lugar às 18h30 na Sé Catedral.
As outras missas terão lugar em Braga, às 18h30 na Igreja de Santo Adrião; Coimbra, às 18h30 na Igreja de Nossa Senhora de Lurdes; Estoril, às 19h00 na Igreja de Santo António do Estoril; Évora, às 18h30 na Igreja do Calvário; Guarda, às 18h00 na Igreja de S. Pedro; Setúbal, às 19h00 na Igreja da Anunciada.
Josemaria Escrivá nasceu em 1902 e foi ordenado ainda novo em 1925. Os seus primeiros anos de sacerdote foram vividos numa época de grande turbulência na vida política, social e religiosa de Espanha.
A guerra civil, que deflagrou em 1936 foi precedida de uma perseguição feroz à Igreja, mas o pior ainda estava para vir, nas zonas ocupadas pelos republicanos. A campanha contra o clero e os fiéis católicos nessa época já foi descrita como a pior e mais sangrenta de toda a história do Cristianismo, e deixou grandes marcas em toda a Igreja espanhola, a que Josemaria não foi imune.
O jovem padre esteve em perigo de vida, encontrando-se em território republicano, mas conseguiu escapar Madrid e passar os Pirenéus, regressando a Espanha no final da guerra.
Fundou o Opus Dei em 1928, mas só em 1950 é que a obra foi reconhecida pelo Vaticano. Os seus membros enfatizam a possibilidade das pessoas se poderem santificar no mundo e no dia-a-dia de trabalho e família. A organização, com muitos milhares de membros em todo o mundo, tem também algumas instituições de ensino, vários centros e residências para estudantes e projectos de acção social.
O Papa João Paulo II era um admirador da obra e elevou-a ao estatuto de prelatura pessoal, tornando-a autónoma das dioceses locais e dando-lhe uma maior liberdade de acção.
Josemaria Esrivá morreu em 1975 e foi canonizado por João Paulo II. Milhares de membros do Opus Dei e outros simpatizantes acorreram a Roma para participar na cerimónia.
Morreu em 1975, aos 73 anos, tendo já visto em vida a consagração do movimento por si fundado e que à data contava já com dezenas de milhares de membros em mais de 80 países. Actualmente essa cifra está mais próxima dos 90 mil.
Como é habitual com santos católicos, Josemaria Escrivá é celebrado liturgicamente no aniversário da sua morte, que ocorreu a 26 de Junho.