Governador com ligações terroristas demite-se no Egipto
25 jun, 2013
Decisão de Adel Mohamed al-Khayat enfraquece o Presidente Mohamed Morsi, que o nomeou apenas na semana passada. Khayat acabou por ceder à vaga de protestos.
Demitiu-se o novo governador de Luxor, uma importante zona turística no Egipto, que tinha sido nomeado por decreto presidencial apenas a semana passada.
Adel Mohamed al-Khayat era acusado pelos seus críticos de ter tido ligações ao al-Gamaa al-Islamiya, um movimento que nos anos 90 recorreu ao terrorismo no seu combate ao regime de Mubarak e promoção de um Estado islâmico, matando pelo menos 58 turistas precisamente na região de Luxor, em 1993.
Al-Khayat rejeita qualquer ligação à violência mas admite ter pertencido à organização durante os seus tempos de estudante.
Com os protestos contra a nomeação a subir de tom e a ameaçar tornarem-se violentos, o governador deu uma conferência de imprensa durante a qual renunciou ao cargo e disse que não aceitaria que fosse derramado um pingo de sangue por causa de uma posição à qual nunca tinha aspirado.
A decisão é mais um golpe contra a credibilidade do Presidente Mohamed Morsi, um islamista ligado à Irmandade Islâmica. Os seus críticos acusam-no de estar a tornar o Egipto um Estado islâmico onde as liberdades civis estão em risco e a perseguição contra as minorias religiosas tem aumentado.