O padre François Maurad estava numa zona pacificada e sob controlo da oposição, em Al-Ghassaniyah. Durante o ataque o mosteiro de Santo António de Pádua foi pilhado e parcialmente destruído.
Um grupo de rebeldes que combatem o regime de Bashar al-Assad assassinou no passado domingo um padre católico na região de Al-Ghassaniyah.
O padre François Maurad era natural de Alepo e era de rito latino. Nos últimos meses estava ao serviço da comunidade franciscana e ajudava no trabalho humanitário que a ordem assegura na região.
Maurad estava precisamente no mosteiro de Santo António de Pádua quando este foi atacado por rebeldes. O sacerdote foi morto e o mosteiro pilhado e parcialmente destruído.
O local onde ocorreu o ataque não era uma zona de conflitos. Al-Ghassaniyah está sob controlo da oposição ao regime, mas isso não impediu o grupo rebelde, de natureza islamista, identificado como Jabhat al-Nusra e financiado por regimes árabes do Golfo, de atacar o mosteiro.
Desde o início da guerra civil já houve vários casos de ataques a pessoas ou edifícios cristãos, na esmagadora maioria levados a cabo por elementos islamistas que lutam contra o regime.
No começo da guerra os cristãos constituíam cerca de 10% da população síria.
Numa carta em que dá conta da morte do padre François, o padre Halim Noujaim sublinha os perigos inerentes à decisão de alguns países ocidentais de fornecer armas e apoio logístico aos grupos que lutam contra o regime sírio.