A associação de Guias da Grã-Bretanha anunciou a decisão de abandonar qualquer referência a Deus na promessa que tradicionalmente é feita por novos membros.
Segundo a responsável máxima da organização, o objectivo é “chegar a raparigas e mulheres que antes não teriam considerado ser guias, para que cada vez mais raparigas possam beneficiar de tudo o que o movimento tem para oferecer”.
Gill Slocombe cnsidera que a anterior referência a Deus “desencorajava algumas raparigas e voluntários de se tornarem membros”.
Na fórmula antiga as novas guias tinham de prometer “amar a Deus e servir a rainha”, mas a partir de Setembro terão de comprometer-se a “ser verdadeira comigo mesma e desenvolver as minhas crenças”, além de “servir a minha rainha [Isabel II] e o meu país”.
A medida está a ser aplaudida por grupos secularistas britânicos, mas criticada por todos os que lamentam mais um caso de uma organização tradicionalmente cristã a seguir a tendência secularista da sociedade.
As guias foram fundadas pela irmã de Robert Baden Powell, fundador dos escuteiros, como alternativa feminina a este movimento. Mais tarde, os escuteiros tornaram-se mistos, mas as guias mantiveram-se sempre como movimento exclusivamente feminino.
A decisão das guias britânicas segue-se a uma idêntica tomada na Austrália. Nos Estados Unidos, as guias mantêm Deus no compromisso.
Em Portugal, o movimento também existe. Os membros da Associação Guias de Portugal mantêm, também, a referência a Deus e à Patria na sua promessa.
[Notícia corrigida às 12h28]