Turquia impede assassinato de Patriarca de Constantinopla
10 mai, 2013
Alegadamente os três suspeitos pretendiam matar Bartolomeu I no dia 29 de Maio, no 560º aniversário da conquista de Constantinopla por parte dos otomanos.
A polícia turca desvendou um plano para assassinar o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I. A informação surgiu na imprensa, que refere que as autoridades já detiveram um homem ligado a este caso, estando mais dois a monte.
Alegadamente os três suspeitos pretendiam matar Bartolomeu I no dia 29 de Maio, no 560º aniversário da conquista de Constantinopla por parte dos otomanos. Após este facto aquela que tinha sido uma das mais importantes cidades da cristandade passou a ser conhecida como Istambul.
Uma carta anónima, enviada para a polícia, terá levado às detenções.
Esta é a segunda vez no espaço de cinco anos que a polícia frustra uma tentativa de assassinato de Bartolomeu, o “primus inter pares” da comunhão ortodoxa, composta por cerca de 200 milhões de cristãos, sobretudo no leste da Europa.
Mesmo depois da conquista de Constantinopla permaneceu uma grande comunidade cristã na região, sob ocupação dos turcos, maioritariamente muçulmanos. O patriarcado permaneceu no mesmo local, convivendo com maior ou menor dificuldade e liberdade com o regime.
Uma vaga de perseguições em 1955 contra a população cristã, etnicamente grega, levou ao êxodo da quase totalidade da comunidade. De cerca de 120 mil gregos em 1927, a população actual ronda os 5000. Os cristãos queixam-se ainda de descriminação. A Turquia não permite o funcionamento do único seminário do Patriarcado, impedindo a formação local de novos padres, e não reconhece o título de Bartolomeu I.