23 abr, 2013
O arquivamento pelo Ministério Público (MP) de denúncias sobre alegados casos de pedofilia na Igreja Católica "liberta" as instituições e os sacerdotes visados "de graves acusações", afirma o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
As declarações do padre Manuel Morujão surgem após o anúncio do MP de arquivar acusações feitas pela ex-provedora da Casa Pia de Lisboa, Catalina Pestana, e que envolviam pelo menos cinco sacerdotes da Diocese de Lisboa.
"Naturalmente que esta notícia me alegra", uma vez que as pessoas e as entidades envolvidas vêem assim "reabilitada a sua boa fama", sublinhou.
O sacerdote salientou que "é claro que a Igreja [Católica] agradece" a todos os que "ajudam a combater esta grave chaga social que é o abuso sexual de menores", bem como "o alto nível de exigência que é habitual no confronto de padres ou leigos que a representam".
Para o porta-voz da CEP, "essa exigência manifesta o alto conceito que a opinião pública tem dos valores e práticas da Igreja, julgando intolerável que haja casos de contradição", expressando a sua convicção de que "é importante que esta exigência se mantenha, evitando tudo o que possa ser especulação ou calúnia".
O padre Morujão recordou ainda que a CEP "publicou, há um ano, directrizes muito claras e exigentes para que os clérigos ou pessoas que trabalham em instituições da Igreja tenham adequados comportamentos, sem qualquer condescendência com possíveis abusos de crianças e adolescentes".