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Falta de capelães leva reclusos a processar governo do Canadá

04 abr, 2013

Governo federal cancelou os contratos de todos os capelães que trabalham em “part-time”, pondo em causa o cuidado espiritual de reclusos de religiões minoritárias.

Um grupo de reclusos no Estado de British Columbia, no Canadá, está a processar o Governo Federal pelo que consideram ser um atentado à sua liberdade religiosa.

A decisão em causa foi tomada pelo Governo em Outubro e passa por cancelar os contratos de todos os capelães prisionais que trabalhavam em “part-time”. O objectivo é poupar cerca de um milhão de euros.

O problema, dizem os reclusos, é que os capelães em “part-time” incluíam praticamente todos os que pertenciam a religiões minoritárias, como budistas, judeus, sikhs, muçulmanos e religiões tradicionais.

Actualmente restam apenas 75 capelães a tempo inteiro. Destes 37 são católicos, 36 são protestantes e apenas dois são muçulmanos. Todas as outras religiões deixaram de estar representadas.

Os reclusos recordam ao Governo federal que “os presos não perdem os seus direitos de expressar livremente as suas crenças religiosas e espirituais em virtude da sua encarceração”.

O Governo federal, contudo, contesta que as prisões estão abertas à acção de capelães voluntários de qualquer fé. Segundo uma porta-voz: “esta opção garante o respeito pela liberdade religiosa dos reclusos, permitindo que o dinheiro público seja gasto de forma sábia e apropriada”.