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Parlamento

Troca-se medalha de ouro por políticas que não causem mais estragos

10 dez, 2013

Afirmação foi feita pelo assistente social José António Pinto perante uma plateia de várias dezenas de pessoas, entre a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o júri do prémio e vários deputados.

Troca-se medalha de ouro por políticas que não causem mais estragos
O assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã, no Porto, que foi homenageado esta terça-feira na Assembleia da República propôs trocar a medalha de ouro por políticas que não causem mais estrago na vida dos que deixaram de dar lucro. A afirmação foi feita perante uma plateia de várias dezenas de pessoas, entre elas a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o júri do prémio e vários deputados.
O assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã, no Porto, que foi homenageado esta terça-feira na Assembleia da República propôs trocar a medalha de ouro por políticas que não causem mais estrago na vida dos que deixaram de dar lucro.

"Deixo ficar esta medalha no Parlamento se os senhores deputados me prometerem que, futuramente, as leis aprovadas nesta casa não vão causar mais estragos na vida daqueles que, por terem deixado de dar lucro, são hoje considerados descartáveis", disse José António Pinto, tendo recebido um forte aplauso.

A afirmação foi feita perante uma plateia de várias dezenas de pessoas, entre a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, o júri do prémio e vários deputados.

O assistente social foi um dos homenageados no âmbito do Prémio Direitos Humanos, anualmente entregue pela Assembleia da República, tendo aproveitado para dedicar a medalha de ouro dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aos seus utentes e aos seus pobres.

Aproveitou para lembrar que enquanto fala, mais de 120 mil pessoas deixaram já Portugal, cerca de meio milhão de crianças perdeu o abono de família, 140 mil jovens estão desempregados e a maior parte dos idosos recebem uma reforma "miserável".

"Quero emprego com direitos para criar riqueza, quero que a dignidade do homem seja mais valorizada do que os mercados, quero que o interesse colectivo e o bem comum tenham mais força do que os interesses de meia dúzia de privilegiados", defendeu, tendo sido novamente muito aplaudido.

O outro homenageado com a medalha de ouro, Farid Walizadeh, um jovem refugiado afegão que chegou sozinho a Portugal, disse que a medalha representa a sua vida e todo o caminho que fez.