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Portas "disponível" para avaliar mudanças na lei eleitoral

29 set, 2013

Presidente do CDS diz esperar uma "participação significativa" nas eleições autárquicas, sublinhando que são "o centro da autoridade mais próximo do cidadão".

Portas "disponível" para avaliar mudanças na lei eleitoral

O vice-primeiro-ministro e presidente do CDS-PP, Paulo Portas, manifestou-se este domingo "perfeitamente disponível" para avaliar as mudanças na legislação eleitoral, relativamente às quais o Presidente da República, Cavaco Silva, pediu uma "reflexão ponderada".

"Estou perfeitamente disponível para fazer uma avaliação dessas matérias", disse Paulo Portas, após votar na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa.

Na questão da cobertura da campanha eleitoral, Portas argumentou que "é preciso um equilíbrio entre a necessidade de os meios de comunicação social terem liberdade editorial e a garantia de que há o mínimo de igualdade de oportunidades entre todos aqueles que se candidatam".

"Aquilo que se passou, não correu, desta vez, particularmente bem. Também tentaria evitar a ideia de que o sistema político português é um duopólio e que não é preciso ouvir mais ninguém, ou seja, uma solução equilibrada", acrescentou.

"Relativamente a prazos para eleições legislativas, parece-me evidente que os nossos prazos são excessivos, sempre o dissemos. Em Inglaterra, quando há uma convocatória de eleições, entre o primeiro dia da campanha e a formação de governo não passa um mês, nós precisamos de quase quatro para fazer isso", afirmou igualmente.

O Presidente da República apelou no sábado à realização urgente de uma "reflexão ponderada da legislação eleitoral" de modo a "vencer a inércia do legislador" e evitar que o esclarecimento dos eleitores volte a ficar prejudicado.

Paulo Portas espera "participação significativa"
Paulo Portas disse ainda esperar uma "participação significativa" nas eleições autárquicas, sublinhando que as autarquias são "o centro da autoridade mais próximo do cidadão".

"São eleições bastante importantes porque as autarquias são o centro da autoridade mais próximo do cidadão, por isso, espero que haja uma participação significativa, que as pessoas façam democraticamente as suas escolhas e que, naturalmente, toda a gente aceite os resultados", afirmou Paulo Portas.

O vice-primeiro-ministro falava após votar na junta de freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa. "Acho sempre que a abstenção é deixar a nossa parcela de soberania, em termos democráticos, nas mãos de terceiros, e, por isso, eu espero que a participação seja boa", declarou.

Portas sublinhou que "as eleições autárquicas destinam-se a escolher as mulheres e os homens que nos próximos anos, com honestidade, com prudência e com dinamismo, vão governar as câmaras municipais, as assembleias municipais e as juntas de freguesia".

O presidente centrista chegou às 9h05 à junta de freguesia de Santos-o-Velho, tendo votado pela 9h08. Portas recusou falar sobre um eventual segundo resgate a Portugal, um hipótese que tem sido mencionada na imprensa nos últimos dias.

O vice-primeiro-ministro disse que ia aproveitar o dia de hoje para "descansar e trabalhar", antes de se dirigir à sede do CDS-PP, onde, como tradicionalmente, decorrem as noites eleitorais centristas.

Já se vota para as eleições autárquicas. Mais de 9,5 milhões de eleitores, entre portugueses e estrangeiros recenseados, vão ser chamados às urnas para os representantes das câmaras e assembleias municipais e das assembleias de freguesia.