Primeiro-ministro nega corte de 10% em reformas e pensões
24 mai, 2013
Chefe de Governo respondia a Jerónimo de Sousa que o acusou de querer aplicar um novo corte “à marretada”.
O primeiro-ministro negou, esta sexta-feira, que o Governo esteja a preparar cortes ou contribuições extra de 10% para reformados e pensionistas, em resposta ao secretário-geral do PCP, que o acusou de querer dar “marretadas” ou “punhaladas” aos portugueses.
“Registo que nem uma palavra disse sobre o mercado interno. Em vez disso, continua o ataque à função pública, aos reformados e aos pensionistas. Exemplo disso são os anunciados 10%. A aplicação vai ser à marretada, com uma taxa, ou à punhalada, através de um corte?", questionou Jerónimo de Sousa, no debate quinzenal, no Parlamento.
Passos Coelho rejeitou a hipótese de estar a ser previsto o referido corte e reiterou que o Executivo da maioria PSD/CDS-PP vai envidar todos os esforços para adoptar outras medidas que não a polémica e denominada taxa suplementar de sustentabilidade ("TSU") nas reformas e pensões.
“Não tenho capacidade para desmentir o nível de desinformação que vai grassando no debate público. Não há nenhum corte previsto de 10% nos reformados e pensionistas. O que está previsto é a convergência das pensões da Caixa Geral de Aposentações para o regime geral da Segurança Social”, afirmou o chefe do Governo.
Passos Coelho ressalvou contudo que, “se for estritamente necessária, poderá ser equacionada uma taxa suplementar de sustentabilidade”, mas que o Governo “tudo fará ao seu alcance para encontrar alternativas”.