24 jun, 2015
A Grécia tem que apresentar um plano de reformas credíveis, avisa a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em entrevista à revista francesa "Challenges", Christine Lagarde defende que o plano grego não pode basear-se em promessas de mais receitas fiscais.
"Não se pode construir um programa apenas baseado na promessa de uma melhoria das receitas fiscais, como ouvimos nos últimos cinco anos com muito poucos resultados", disse.
A recuperação económica da Grécia depende das reformas que o Governo de Atenas fizer, mas também dos passos que os credores europeus derem para tornar a dívida do país sustentável.
Numa semana decisiva para o futuro de Atenas, Lagarde diz não querer que a Grécia abandone a Zona Euro. A directora-geral do FMI também não acredita numa "implosão" da zona euro.
Acordo não deve surgir já, diz Schäuble
Os ministros das Finanças do Eurogrupo reúnem-se esta quarta-feira, em Bruxelas, para tentar encontrar uma solução para a crise na Grécia.
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, não acredita que se chegue esta quarta-feira a acordo para o "caso" grego. Falando antes da reunião do Eurogrupo em Bruxelas, Schäuble diz ter a sensação de que pouco mudou nas propostas desde a passada segunda-feira.
Depois do aparente optimismo da passada segunda-feira quanto à possibilidade de um entendimento entre Atenas e os credores, as declarações feitas ao longo desta quarta-feira voltaram a fazer temer uma ruptura.
O Governo grego rejeitou uma contraproposta que foi apresentada pelo FMI. Segundo Atenas, o Fundo insiste em medidas consideradas inaceitáveis, como um aumento do IVA e mais cortes na despesa pública.
O porta-voz do Ministério das Finanças alemão, Martin Jaeger, afirmou que "as instituições credoras fizeram concessões 'excepcionalmente generosas' ao governo grego e que a palavra cabe agora está ao lado grego".