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Gaspar admite avançar com novas medidas de austeridade este ano

20 fev, 2013 • Paulo Ribeiro Pinto

No Parlamento, ministro das Finanças disse acreditar que a Comissão Europeia vai propor o prolongamento, por um ano, do prazo concedido a Portugal para corrigir o défice orçamental.

Gaspar admite avançar com novas medidas de austeridade este ano
A hipótese foi admitida por Vítor Gaspar na Comissão de Orçamento e Finanças. O ministro sublinhou o impacto negativo que as contas de 2012 terão este ano. Dois meses depois da entrada em vigor do Orçamento para 2013, Vítor Gaspar já admite medidas adicionais para cumprir as metas do Programa de Ajustamento Financeiro. Vítor Gaspar diz ainda acreditar que a Comissão Europeia irá propor o prolongamento por um ano do prazo concedido a Portugal para corrigir o défice orçamental.

O ministro das Finanças admite avançar já com medidas adicionais de austeridade no valor de 0,5% do PIB. A hipótese foi admitida por Vítor Gaspar esta quarta-feira no Parlamento, dois meses depois da entrada em vigor do Orçamento de Estado (OE) para 2013.

“Será, em particular, avaliada a possibilidade de concretização das medidas contingentes de 0,5% do PIB, anunciadas já em Outubro de 2012. A composição destas medidas será uma combinação de poupanças em execução orçamental ao longo de 2013, com os efeitos das poupanças orçamentais estruturais e permanentes decorrentes do processo de reforma do Estado”, anunciou Vítor Gaspar.

Na comissão de Orçamento e Finanças, o ministro sublinhou o impacto negativo que as contas de 2012 vão ter este ano.

Por isso, no sétimo exame regular da “troika”, o Governo vai rever as perspectivas económicas. A recessão prevista será agora de 2% e não de 1%, como previsto no OE para 2013.

“Neste momento, o meu julgamento provisório aponta para uma revisão em baixa da previsão da actividade económica da ordem de um ponto percentual. Naturalmente, a avaliação da situação e perspectivas económicas será um dos temas centrais do sétimo exame regular”, afirmou.

Vítor Gaspar diz ainda acreditar que a Comissão Europeia irá propor o prolongamento por um ano do prazo concedido a Portugal para corrigir o défice orçamental.

“É razoável conjecturar que a Comissão Europeia ponderará, em tempo oportuno, propor ao Conselho Ecofin o prolongamento, por um ano, do prazo concedido a Portugal para corrigir a situação de défice orçamental excessivo”, afirmou ainda o ministro das Finanças.