Petrolíferas com reservas sobre modelo de venda de combustíveis “low cost"
19 out, 2012
Secretário-geral da APETRO considera “uma intromissão administrativa” obrigar as companhias a vender este tipo de combustíveis.
As empresas petrolíferas colocam sérias reservas ao modelo proposto pelo Governo para a coabitação de locais de venda “low cost” com a rede de distribuição de combustíveis já existente e falam em “intromissão administrativa”.
O secretário-geral da APETRO, António Comprido, acusa o Governo de intromissão administrativa no mercado liberalizado e diz que a proposta levanta questões operacionais complexas, que podem não ter o efeito desejado, que é o da baixa de preço dos combustíveis.
“A APETRO vê com bons olhos a concorrência. O que nós temos reservas é no modelo que parece querer apontar para uma coexistência ou a forçar os actuais postos a vender produtos que não são da marca das companhias, argumenta António Comprido.
Ora, acrescenta, “isso parece-nos que há uma intromissão administrativa inadmissível no mercado liberalizado, porque o valor das marcas das companhias vai ser afectado por essa razão”.
“Além disso, levanta questões operacionais e de logística que podem ser complexas ou pode haver incompatibilidades”. Por isso, sustenta o secretário-geral da APETRO, é “complicado querer baixar preços com medidas que impliquem aumentos de custos de operação”.
Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas aceita o conceito “low cost”, mas fora dos postos de abastecimento já existentes.