24 nov, 2011
Em dia de greve geral, há sectores onde habitualmente as paralisações passam ao lado. É o caso do sector agrícola.
Em Chaves, Domingos Alves, agricultor e pastor, diz que até está “de acordo com a greve”, mas não vai poder aderir. “As ovelhas têm de comer”, explica.
Em Viseu, a Renascença falou com o proprietário de uma panificadora. "Nós não paramos. Greve para nós não existe, não pode existir", explica o senhor Morais. "Estamos numa altura de tanta crise. Se vamos parar mais um dia, dá muitos encargos negativos."
Opinião semelhante tem Ana Valente, proprietária de uma mercearia: “Isto já está tão mal, vou fechar a porta para quê? Ninguém me vai dar um tostão”.
A Sul, no Algarve, os pescadores não pretendem ficar em terra. “Se tivermos bom tempo, temos de ir”, garante Henrique Lucas. "A gente não vive de ordenado, vive do que apanha."
Outro pescador, Domingos Zica, também não alinha na greve. A lota funciona quase normalmente, explica, acrescentado que, da última vez que houve uma paralisação, “vendeu-se o peixe todo que veio”.