21 out, 2014 • Cristina Branco
O ministro da Educação terá de autorizar o pagamento de horas extra, nalguns casos, aos professores escalados para dar as aulas de compensação a alunos que estiveram sem aulas desde o início do ano lectivo.
A tese é defendida, em declarações à Renascença, por José Caldas, da direcção da Escola Secundária Augusto Gomes, em Matosinhos, onde os problemas com a colocação de docentes resultou em mil horas de aulas em falta.
Cinco semanas depois do início do ano lectivo, há ainda professores por colocar nesta escola, onde já estão em estudo soluções para aplicar o plano de aulas de compensação. Qualquer esboço esbarra, contudo, num problema: "Tudo o que passe por incremento de horas, ou seja, pela necessidade dos docentes cumprirem algumas horas extra, está dependente de autorização do ministério".
De acordo com José Caldas, está a ser feito o levantamento das necessidades e estudadas soluções, "umas que dependem exclusivamente de ajustes das escolas, outras que vão depender da autorização do ministério", esclarece o responsável.
Na Secundária Augusto Gomes, o ano começou com 14 professores em falta. Nesta terça-feira, uma semana depois da autorização dada pelo ministério para as escolas contratrem directamente, há ainda oito docentes por captar, mas José Caldas acredita que "todos os professores estarão seleccionados até ao final da semana".
"O processo já foi acelerado, passámos de um ciclo de uma semana para um ciclo de 48 horas", argumenta o director da escola secundária.