O Governo anunciou esta quarta-feira, na apresentação do Documento de Estratégia Orçamental (DEO), que vai
aumentar o IVA (Imposto de Valor Acrescentado)de 23% para 23,25%, mas, há menos de quinze dias, dois ministros tinham garantindo que os impostos não iriam subir em 2015
Depois da reunião extraordinária do Conselho de Ministros de 15 de Abril, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou: “
não haverá aumento de impostos em 2015 ou esforços adicionais sobre salários ou pensões”. A ideia foi reforçada pelo ministro da Presidência, Luís Marques Guedes.
Esta terça-feira, o ministro da Economia, António Pires de Lima, corroborou que a redução de impostos para o próximo ano "pode e deve ser um objectivo do Governo".
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, também já acenou com um possível alívio da carga fiscal a ter lugar até 2015.
O guião da reforma do Estado, coordenado pelo líder do CDS-PP,
refere: “'O Governo tem consciência da necessidade de criar condições para começar a inverter a trajectória de agravamento do IRS”.
Quem não se comprometeu foi o primeiro-ministro. No mesmo dia da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em entrevista à SIC, Passos Coelho sublinhou não haver “
nenhuma promessa de baixar o IRS”.
O DEO não prevê qualquer descida deste imposto.
"Não estamos em condições de garantir que haverá disponibilidade orçamental para o fazer e, como tal, nunca poderia estar refletido nas projecções dos próximos anos uma coisa que não está de todo decidida", disse esta quarta-feira, na apresentação do documento, a ministra das Finanças.