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"Papado não pode ser eurocêntrico"

04 mar, 2013

D. Manuel Clemente não arrisca traçar o perfil do sucessor de Bento XVI, mas reconhece que os desafios que se colocam à Igreja Católica obrigam a encontrar um Papa com capacidade reforçada para responder à complexidade do mundo actual.

O próximo Papa deve ser alguém capaz de corresponder a uma Igreja Católica mais mundializada e menos centrada na Europa, diz o Bispo do Porto.

D. Manuel Clemente não arrisca traçar o perfil do sucessor de Bento XVI, mas reconhece que os desafios que se colocam a uma instituição com tanta influência como é a Igreja Católica obrigam a encontrar um Papa com capacidade reforçada para responder à complexidade do mundo actual.

“Uma grande instituição mundial como a Igreja Católica tem que ter no seu centro alguém muito habilitado a essa mundialização, que conheça, que esteja a par, saiba corresponder da velha Europa, mas também de outros continentes que agora têm muita força na vida da Igreja, a América, sobretudo a América Latina, África, algumas regiões da Ásia. Não pode ser um papado eurocêntrico, porque o mundo já não o é”, afirma o prelado. 

O Bispo do Porto falava à Renascença  à margem de uma conferência, em Lisboa, sobre Justiça e Sociedade.

Bento XVI resignou no dia 28 de Fevereiro e esta segunda-feira começaram os trabalhos preparatórios com vista à eleição do novo Papa.