Quer trabalhar? Carrazeda precisa de gente para as campanhas da maçã, azeite e vinho
28 ago, 2015
Trabalho temporário é pago ao dia, entre 30 a 40 euros a jeira. "Tem de haver gente que saiba arregaçar as mangas para dar alguma dignidade ao trabalho na agricultura, que não é menos digno do que trabalhar num escritório".
"Não falta trabalho, pelo contrário: há é falta de mão-de-obra. Quem quiser trabalhar, pode vir até Carrazeda de Ansiães". O presidente da Câmara garante trabalho nos próximos meses nas campanhas da maçã, azeite e vinho.
Este é um concelho que vive da agricultura e onde a produtividade agrícola representa "entre 15 a 20 milhões de euros" anuais.
As contas são do autarca José Luís Correia que afiança ainda que Carrazeda "é dos concelhos do distrito de Bragança que absorve mais mão-de-obra ao longo do ano" na agricultura e que tem recorrido a trabalhadores estrangeiros por falta de disponibilidade local.
O trabalho começa com as campanhas da apanha da maçã e a vindima em simultâneo, segue-se a apanha da azeitona, a poda e outros trabalhos nas vinhas, como indicou à agência Lusa.
"Tem de haver gente que saiba arregaçar as mangas para dar alguma dignidade ao trabalho na agricultura, que não é menos digno do que trabalhar num escritório", defendeu.
O autarca ressalvou que se trata de trabalho temporário, pago ao dia, entre 30 a 40 euros a jeira, que não tem consequências nas estatísticas oficiais de desemprego e que esbarra com "preconceito que as pessoas ainda têm de que o emprego é um contrato que fazem para a vida".
O município promove há 20 anos a Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite para dar notoriedade àqueles que são os principais produtos deste concelho ribeirinho do rio Douro.
Com 600 hectares de pomares de maçã, 2.600 de vinha e 2.500 de olival, "muitas famílias do concelho "subsistem através da agricultura" e concretamente destes três produtos.
A maçã tem características particulares do planalto de Carrazeda, enquanto o azeite e o vinho são produzidos no vale do Douro.