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Europeias 2014

"Ninguém foi julgado por deixar país numa grave crise económica"

08 mai, 2014

Candidato do Movimento Alternativa Socialista (MAS) propõe um referendo ao euro e defende uma convergência à esquerda.

"Ninguém foi julgado por deixar país numa grave crise económica"

Os responsáveis pela crise e pelo endividamento do país continuam impunes, afirma o cabeça de lista do Movimento Alternativa Socialista (MAS) às eleições europeias, Gil Garcia, em entrevista à Renascença.

“Não há ninguém julgado, incriminado, por ter deixado o país numa situação de grave crise económica, de grande endividamento e que está a passar a factura para quem trabalha”, diz o candidato ao Parlamento Europeu.

Para Gil Garcia, a corrupção é um “mal endémico” em Portugal e na Europa e uma grande parte da dívida tem a ver com “negociatas”, dando o exemplo das parcerias público-privadas (PPP).

O professor de Filosofia, de 56 anos, defende a saída de Portugal do euro e propõe um referendo sobre a questão.

O Movimento Alternativa Socialista quer ser “a grande novidade das eleições” europeias de 25 de Maio e lamenta a falta de união na esquerda.

Nesta entrevista à Renascença, Gil Garcia avança que o MAS “vai propor” uma convergência de esquerda “para as eleições legislativas" do próximo ano. O objectivo é “romper o viro disco e toca o mesmo” dos governos PS e PSD das últimas décadas.

A entrevista ao candidato do MAS insere-se na ronda de entrevistas na Renascença aos 16 cabeças de lista às eleições europeias de 25 de Maio.