Ministro confirma cortes e mais fechos de escolas
19 fev, 2014 • Fátima Casanova e Marlene Carriço [Jornal de Negócios]
Desde 2002, foram encerradas mais de 6.500 escolas do 1.º ciclo. Perto de 2.500 fecharam durante a tutela de Maria de Lurdes Rodrigues, 701 pela mão de Isabel Alçada e mais de 530 por decisão de Nuno Crato.
O ministro Nuno Crato confirma que os cortes na despesa vão continuar em 2015 no sector da educação. A redução de custos vai passar, nomeadamente, pelo encerramento de mais escolas.
Depois do intervalo de um ano lectivo sem encerramentos, o ministro disse que o assunto está a ser estudado, "porque há um conjunto de escolas que já não fazem sentido. Têm muito poucos alunos”, justificou em entrevista à
Renascença e ao
Jornal de Negócios.
Nuno Crato ainda não tem ainda o número exacto, mas falou em “algumas dezenas”.
Desde 2002, foram encerradas mais de 6.500 escolas do 1.º ciclo. Perto de 2.500 fecharam durante a tutela de Maria de Lurdes Rodrigues, 701 pela mão de Isabel Alçada e mais de 530 por decisão de Nuno Crato.
Nesta entrevista, feita no âmbito da iniciativa “Três anos de ‘troika’ e agora?”, o ministro garantiu também que em 2015 não vai haver alívio no orçamento para a educação.
Nuno Crato disse que a verba disponível deve ser muito semelhante à deste ano, mas que será possível libertar mais dinheiro, por causa da poupança que está a ser feita em determinadas áreas. “Espero ter um orçamento essencialmente semelhante ao actual. Portanto, espero que consigamos estar mais à vontade para melhorar o ensino numa série de aspectos, com base nas poupanças que façamos em aspectos marginais e que continuam sempre a existir”.
O ministro da Educação acrescenta que têm sido significativas as poupanças em apoio jurídico e contratações externas: “Poupámos centenas de milhares de euros, ao longo destes anos.”
O Ministério da Educação quer também economizar no processamento dos salários. “Uma das coisas que estamos a estudar é o processo de pagamento, uma maneira de fazer os pagamentos dos funcionários e professores de forma central. Estamos convencidos que vamos poupar milhões de euros”, remata.