Na segunda-feira, fonte da Inspeção-Geral das Atividades em saúde (IGAS) tinha dito à Lusa que foram detetados indícios de responsabilidade disciplinar em alguns dos casos denunciados por alegada má prática no serviço de Cirurgia daquele hospital.
Os inquéritos clínicos foram instaurados após a denúncia de uma médica, em abril de 2023, de que teria havido negligência e violação da "leges artis" num conjunto de doentes tratados no serviço de Cirurgia Geral da unidade de Faro, entre janeiro e março do ano passado.
O processo foi desencadeado em abril de 2023 com uma denúncia de uma médica assistente do Centro Hospitalar Universitário do Algarve a reportar alegadas más praticas no serviço.
Uma doente oncológica, em fase avançada da doença, esteve seis horas à espera de uma ambulância que a levasse do Hospital de Faro para casa. A doente, de 73 anos, que já não consegue andar, já tinha esperado mais de uma hora por uma ambulância que a transportasse de casa para o hospital. Tudo pela falta de macas no hospital, diz a família.
A decisão acontece na sequência de uma denúncia avançada por uma jovem médica que estava no início da especialidade. Renascença apurou que os cirurgiões suspensos preventivamente tencionam apresentar uma providência cautelar.
O Ministério Público também instaurou um processo para averiguar as denúncias feitas por Diana Pereira e a Ordem dos Médicos anunciou a criação de uma comissão técnico-científica de peritos, médicos independentes, para avaliar os casos reportados.