Chegou a Paris quatro dias antes do início dos jogos, no dia 22 de julho. Na mochila que carrega todos os dias leva quase 20 quilos de material — duas máquinas, três lentes, o computador e barritas de cereais (“são as nossas refeições aqui”).
Só no dia anterior conhece o plano para o dia seguinte. As distâncias, as modalidades e as possíveis medalhas são fatores decisivos para o planeamento do dia.
Goulão desloca-se de metro pela cidade e tem feito cerca de 15 quilómetros por dia. “O grande problema cá em Paris são as distâncias” entre os vários locais onde decorrem as competições.
“Isto é uma prova de resistência gigante. São muitos dias sem parar, a dormir pouco, a comer mal. É uma grande prova de resistência.”
Nos Jogos Olímpicos, o seu foco são os atletas portugueses e o momento de cada prova é, também para o fotógrafo, de tudo ou nada — à procura da fotografia perfeita. Sabe que terá de conseguir, em milésimos de segundo, conseguir a melhor conjugação de enquadramento, movimento e o disparado no tempo certo.