E de repente a Lua ficou vermelha…

É conhecida por Lua da Sangue e foi observada durante a madrugada desta segunda-feira, pelas 4h00 (hora de Lisboa). Veja como o mundo olhou para o fenómeno tão pouco frequente.

16 mai, 2022 - 15:40 • Marta Grosso , Ricardo Vieira com agências



Lua vermelha no monumento de Washington. Foto: Jim Lo Scalzo/EPA
Lua vermelha no monumento de Washington. Foto: Jim Lo Scalzo/EPA

De acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa, o fenómeno teve início pelas 2h30, com a Lua a entrar na sombra da Terra e adquirindo tons mais avermelhados e acastanhados.

O eclipse em si dá-se duas horas depois, quando a lua ficar totalmente na sombra da Terra, ainda que visível.


Skopje, Macedónia do Norte. Foto: Georgi Licovski/EPA
Skopje, Macedónia do Norte. Foto: Georgi Licovski/EPA
Caracas, Venezuela. Foto: Rayner Pena/EPA
Caracas, Venezuela. Foto: Rayner Pena/EPA


O que aconteceu neste eclipse? Os raios solares incidem na Lua após atravessarem a atmosfera terrestre e são dispersos, perdendo uma grande quantidade de luz azul e verde. A Lua deixa, assim, de ser iluminada com luz branca e passa a ser iluminada com luz mais avermelhada.


Lua Vermelha em Santiago do Chile. Foto: Alberto Valdes/EPA
Lua Vermelha em Santiago do Chile. Foto: Alberto Valdes/EPA

Lua de Sangue não é o termo científico para este fenómeno, embora nos últimos tempos esteja a ser muito utilizado para se referir a um eclipse lunar total, dado que o astro exibe, geralmente, uma cor avermelhada.


Castelo Salgo, na Hungria. Foto: Peter Komka/EPA
Castelo Salgo, na Hungria. Foto: Peter Komka/EPA
Lua de Sangue vista da torre de Calahorra, em Córdoba, Espanha. Foto: Salas/EPA
Lua de Sangue vista da torre de Calahorra, em Córdoba, Espanha. Foto: Salas/EPA


Os espectros de luz filtrados dependem da composição da atmosfera. Assim, a Lua também pode aparecer com a cor amarela, laranja ou acastanhada durante um eclipse lunar total.


Aldeia de Tindaya, ilha de Fuerteventura, Espanha. Foto: Carlos De Saa/EPA
Aldeia de Tindaya, ilha de Fuerteventura, Espanha. Foto: Carlos De Saa/EPA
Lua de Sangue no Observatório Griffith, em Los Angeles. Foto: Caroline Brehman/EPA
Lua de Sangue no Observatório Griffith, em Los Angeles. Foto: Caroline Brehman/EPA


O termo Lua de Sangue também é usado para referir os quatro eclipses lunares totais que acontecem no período de dois anos, um fenómeno que os astrónomos chamam de “tétrade lunar”. Os eclipses numa tétrade ocorrem com cerca de seis meses de intervalo com cinco Luas Cheias não eclipsadas entre eles.


Lua vermelha atrás do parque de diversões de Tibidabo, em Barcelona. Foto: Marta Perez/EPA
Lua vermelha atrás do parque de diversões de Tibidabo, em Barcelona. Foto: Marta Perez/EPA

Normalmente, apenas cerca de um em cada três eclipses lunares totais, e entre quatro e cinco eclipses totais que podem ser vistos de qualquer local da Terra no espaço de uma década.

Significa isto que as tétrades lunares são ocorrências mais raras, o que leva algumas pessoas a atribuir-lhe um significado especial, até mesmo religioso.


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