A mesma fonte garante que "não há ninguém excluído da história do partido" e isso vale, tanto para o antigo secretário-geral do PS José Sócrates, que não foi convidado para as comemorações dos 50 anos do partido, porque já não é militante, como vale para Pedro Nuno.
"Ninguém apaga José Sócrates da história do PS", é garantido pela cúpula do partido. O ex-líder do partido "terá cartazes na exposição" que será inaugurada esta quarta-feira na sede em Lisboa e à Renascença é dito que "não há tabus" em relação ao antigo secretário-geral que deu ao PS a primeira maioria absoluta.
Ora, é ainda dito à Renascença que, "por maioria de razão, também em relação a Pedro Nuno Santos não há" tabu. Há um convite feito àquele que tem sido sempre dado como potencial candidato a líder do partido e se quiser aparecer, aparece.
Da homenagem a Soares à festa popular no Porto
As comemorações dos 50 anos do PS são a "oportunidade de todas as gerações saberem o papel atual, mas também o papel histórico" do partido, explica um alto dirigente do partido. Esta quarta-feira de manhã os socialistas têm encontro marcado no cemitério dos Prazeres, em Lisboa, para uma homenagem aos fundadores Mário Soares e Maria Barroso.
É onde irá discursar António Costa que segue depois para o Largo do Rato, em Lisboa, para a inauguração de uma galeria sobre cartazes da história do PS, onde será apresentado um selo comemorativo do aniversário com grafismo produzido pelo próprio partido. Aí será também apresentado o desenho de uma obra de arte urbana.
À noite, os socialistas vão jantar ao Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, em que estão previstas intervenções do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e do antigo presidente do Governo de Espanha, Felipe Gonzalez. É uma sessão onde está previsto que também intervenha o ex-presidente do Parlamento Jaime Gama.
No domingo, as comemorações seguem para norte com a Festa Popular em que Quim Barreiros e Bárbara Tinoco fazem parte do cartaz. No Pavilhão Rosa Mota, no Porto, as intervenções políticas vão ficar a cargo do chefe do Governo espanhol e líder do PSOE, Pedro Sánchez e do presidente do Partido Socialista Europeu (PSE), Stefan Löfven, ex-primeiro-ministro da Suécia.
Pelo meio há outras iniciativas no âmbito das comemorações, mas não exclusivamente organizadas pelo PS. Na quinta-feira está prevista uma conferência no ISCTE, em Lisboa, organizada pela Fundação Friedrich Herbert em que estará presente Martin Schulz, antigo presidente do Parlamento Europeu e onde irá intervir Augusto Santos Silva, presidente do Parlamento.