Novas eleições legislativas é cenário "ridículo" para o PS
Ao longo desta quinta-feira, foi pairando o fantasma de novas eleições legislativas à boleia de mais uma crise política. O Chega considera que o Presidente da República "tem de ponderar se está ou não em causa o normal funcionamento das instituições", lançando a bisca para a dissolução do Parlamento.
Já o PSD vê a apresentação de uma moção de confiança do Governo como alternativa à moção de censura da Iniciativa Liberal, mas com Paulo Rangel a deixar claro que o partido “está sempre preparado para ser alternativa”.
A somar-se a isto, o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes veio defender que António Costa "até para defesa dele próprio, deve tomar uma atitude. Tem direito a continuar a governar, mas deve apresentar a demissão deste Governo. E o Presidente da República deve pedir-lhe para formar Governo, novamente".
O PS segura-se na maioria absoluta que tem no Parlamento e afasta o cenário por completo. À Renascença, um destacado dirigente socialista corta a eito e considera que "seria ridículo termos eleições. A legitimidade de António Costa não tem comparação com a que tinha (ou melhor, não tinha) Santana Lopes".
Socialistas reúnem Comissão Nacional em janeiro
Depois de um ano frenético com dez saídas do Governo, crises políticas, "casos e casinhos" como lhes tem chamado António Costa, o PS arranca o mês de janeiro com uma reunião da Comissão Nacional, o órgão de direção nacional máximo entre congressos.
A Renascença sabe que a convocatória da Comissão Nacional estará prestes a sair, com o encontro a ser marcado para o dia 14, em Coimbra, fazendo parte do calendário ordinário do PS.
Com um ponto de discussão essencialmente "estatutário", esta será, contudo, a primeira reunião do estado maior socialista depois de uma crise política que despachou um dos principais protagonistas do partido.
Pedro Nuno Santos não costuma aparecer nestas reuniões. Curiosamente, compareceu na última Comissão Nacional, que se realizou em julho, na Gafanha da Nazaré, no distrito de Aveiro, quando ainda estava fresca a polémica à volta do despacho revogado do novo aeroporto de Lisboa.