Contudo, nessa altura surgem novos problemas para resolver. O pelotão tenta por várias vezes fornecer as coordenadas ao posto de comando, mas sem sucesso. "Sem comunicações”, desabafa o militar munido de walkie-talkie, no final de mais uma chamada infrutífera.
Naquele caso, por razões práticas, estavam a ser usados "rádios que não têm tecnologia satélite”, explica o tenente Rui Ribeiro.
Foi preciso o comandante descer à pequena barragem de Talisca e usar o rádio SIRESP para finalmente conseguir comunicar com um superior, que por sua vez transmitiu a informação ao posto de comando.
Se [o fogo] for de origem não natural, humana, querem que a zona ardida aumente de tamanho e se prolongue para outras fases - Tenente Rui Ribeiro
Ao local chegou, pouco depois, um carro da corporação de Aveiro-Novo que fez um ataque mais musculado, mas não definitivo.
Algum tempo após a partida dos bombeiros, segundo os populares, o fogo voltou a dar sinal de vida, lento e casmurro, mas não tão persistente como os povo de Telhadela. “É preciso botar-lhe mais água”, disse o vizinho que tem a casa na linha do fogo, antes de partir para encher o tanque que transportava na caixa aberta da carrinha.
"Isto é impossível não ser posto"
O pelotão apresta-se a continuar ronda. De reativação em reativação, trabalho não tem faltado. Mas o que estará na origem de tantas ignições?