Dádivas aos bombeiros. "Tem muita importância o reconhecimento da população. Eles sofrem muito com isto"

No quartel dos Bombeiros Voluntários de Águeda, um grupo de voluntários organiza as doações feitas pela população e garante que as mesmas são distribuídas pelos operacionais que fazem o combate aos incêndios.

19 set, 2024 - 06:00 • Miguel Marques Ribeiro



As doações dos portugueses têm chegado nos últimos dias aos quartéis. Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR
As doações dos portugueses têm chegado nos últimos dias aos quartéis. Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR

São centenas de garrafas de águas, sumos, pacotes de bolachas e caixas de fruta. Tudo organizado num canto da garagem dos Bombeiros Voluntários de Águeda.

As doações dos portugueses têm chegado nos últimos dias aos quartéis, onde são organizadas e posteriormente distribuídas pelos operacionais que estão no terreno a combater os fogos.

Paula Pinho coordena um grupo de quatro jovens voluntários que preparam sanduíches e metem sumos e fruta dentro de sacos. Esta funcionária dos bombeiros garante que num só dia prepararam já trezentas refeições.


As doações dos portugueses têm chegado nos últimos dias aos quartéis, onde são organizadas e posteriormente distribuídas. Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR
As doações dos portugueses têm chegado nos últimos dias aos quartéis, onde são organizadas e posteriormente distribuídas. Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR
Os restaurantes têm fornecido refeições, a que se junta um reforço constituído por barras energéticas, sandes, fruta e bastante água. Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR
Os restaurantes têm fornecido refeições, a que se junta um reforço constituído por barras energéticas, sandes, fruta e bastante água. Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR


As doações vêm de todo o lado. Os restaurantes têm fornecido refeições, a que se junta um reforço constituído por barras energéticas, sandes, fruta e bastante água. Às vezes chegam também alguns miminhos como batata frita, bolos e até leitão.

A distribuição vai sendo feita ao longo do dia. "Existe uma logística juntamente com o pessoal da Proteção Civil. Nós carregamos para os grupos que estão situados em determinados pontos e eles fazem a entrega", explica Paula Pinho.


Com tanto trabalho, as horas de sono é que não têm sido muitas. "Estamos aqui desde segunda-feira de manhã", diz Paula Pinho. "Dormimos três, quatro horas por dia e depois regressamos".

O impacto, no entanto, para quem está a combater as chamas é relevante. "Tem muita importância para os bombeiros, o reconhecimento da população, porque eles estão no terreno, sofrem muito com isto. É a terra deles, é a população deles e este apoio é importantíssimo para eles", refere a voluntária.


 "É a terra deles, é a população deles e este apoio é importantíssimo para eles". Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR
"É a terra deles, é a população deles e este apoio é importantíssimo para eles". Foto: Miguel Marques Ribeiro/ RR

O incêndio no concelho de Águeda foi esta quarta-feira considerado dominado em todas as frentes., depois de ter lavrado de fora descontrolada. No entanto, a situação permanece instável e os diversos operacionais que estão no terreno têm ainda muito trabalho pela frente, como reconheceu o presidente da autarquia, em entrevista à Renascença.


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