Reservas de água

Bacias hidrográficas subiram em 1,5 biliões de litros de água na última semana

20 dez, 2022 - 13:22 • Diogo Camilo

Depois da chuva intensa da semana passada, o volume das albufeiras do Tejo registou um aumento de 610 mil milhões de litros de água, o suficiente para encher mais de 245 mil piscinas olímpicas.

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As bacias hidrográficas do país registaram uma subida de 11,8% do volume armazenado durante a última semana, um aumento de 1,5 biliões de litros de água em apenas sete dias.

Em média, segundo o boletim semanal de albufeiras da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), as bacias apresentam um volume de 77% em relação à capacidade total.

Com a chuva intensa que se verificou na semana passada, a bacia do rio Tejo está a quase 90% da sua capacidade, bem acima dos 71,5% de média para esta altura do ano, e mais de metade das albufeiras do país apresentam uma capacidade acima dos 80%.

É o caso da bacia do rio Douro, que registou esta semana um volume de 90,4% da sua capacidade, acima da média para esta altura do ano, tal como as bacias do rio Lima, Ave, Vouga e Guadiana.

Depois de ter chovido mais em Lisboa na passada terça-feira, dia 13 de dezembro, do que em qualquer mês deste ano de 2022, o armazenamento de água nas bacias do Tejo registou um aumento de mais de 610 mil milhões de litros de água, que se traduziu numa subida do volume de água de 22%.

Este aumento é o suficiente para encher 245 mil piscinas olímpicas, mas não foi o maior da semana. Na bacia do Guadiana foi registado um aumento de quase 750 mil milhões de litros - o equivalente à água de quase 300 mil piscinas olímpicas.

Albufeiras estão a 77% da capacidade, mas três ainda têm menos de 20%

Entre as 79 albufeiras monitorizadas, a grande maioria, 42, estava entre 81 e 100% da capacidade, 15 estavam entre 61 e 80%, e duas entre 41 e 50%.

Menos bem em termos de armazenamento de água estão 20 barragens, oito delas com uma capacidade entre os 41 e os 50%, nove albufeiras entre 21 e 40%, e três albufeiras abaixo dos 20%.

As bacias hidrográficas em situação mais crítica são atualmente a do Barlavento (apenas 11% da sua capacidade), do rio Mira (36% da sua capacidade), e das ribeiras do Alentejo (35% da sua capacidade). As bacias do Alentejo, Mira e especialmente Ribeiras do Barlavento são as que estão com valores inferiores mais longe da média.

Emboras todas registem subidas de armazenamento durante a última semana, as barragens com menor volume são Campilhas (8%) e Monte da Rocha (9%) na bacia do Sado, e Bravura (11%), no Barlavento algarvio.

[atualizado às 15h41 com informação sobre barragens em situação crítica]

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