Diretamente do Vaticano, a Renascença acompanhou o Angelus de domingo do Papa Francisco, três dias antes de rumar a Lisboa, para a jornada Mundial da Juventude. Junto a milhares de fiéis que o ouviam na Praça de São Pedro, Francisco destacou a situação na Ucrânia, pedindo que fosse restaurado o acesso dos cereais no Mar Negro, mas também aproveitou para renovar a sua oração pelas vítimas da explosão de Beirute, no Líbano, há três anos.
A investigação sobre a explosão de 4 de Agosto, causada por mais de 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenadas no porto da cidade, está praticamente suspensa desde Dezembro de 2021. Além das 200 vítimas mortais, 7.000 pessoas ficaram feridas.
Na audiência-geral desta quarta-feira, Francisco fez também balanço da visita ao Canadá. “Temos de dar a cara pelos nosso erros”, afirmou o Papa, considerando que se abriu uma “nova página” na relação da Igreja com os povos indígenas.
Milhares de libaneses afluíram ao porto para exigir que seja feita justiça, mas outros foram ao Parlamento e envolveram-se em confrontos com as autoridades.
O Papa Francisco lembrou, esta quarta-feira, no Vaticano, o primeiro aniversário da “terrível explosão” no porto de Beirute, que provocou a morte a mais de duas centenas de pessoas e grandes prejuízos materiais, apelando à ajuda da comunidade internacional. “Apelo hoje à comunidade internacional, pedindo que ajude o Líbano a cumprir um caminho de ressurreição, com gestos concretos e não apenas com palavras", disse Francisco, no final da audiência geral desta quarta-feira.
Esta quarta-feira marca o primeiro aniversário da desastrosa explosão no porto de Beirute, no Líbano. Mais de 200 pessoas morreram, milhares ficaram feridas e cerca de 300 mil ficaram sem casa. Apesar da tragédia que traumatizou o país, até hoje, ninguém responsável foi levado à justiça e a investigação não está a progredir.
Oito meses depois da explosão que destruiu parte da capital do Líbano, ainda há obras por fazer, a pobreza aumentou e a ajuda internacional escasseia. O padre Rui Fernandes fala à Renascença do apoio que os jesuítas asseguram em Beirute, onde têm um hospital, uma igreja e uma universidade, e criaram uma rede de distribuição de cabazes alimentares, que já se estendeu a todo o país.
O hospital Santo Rosário está situado no bairro de Gemmaysé, a pouco mais de 500 metros do porto de Beirute. Ficou muito danificado, em agosto, pela explosão de nitrato de amónio que estava armazenado na zona e que provocou cerca de 150 mortos, mais de cinco mil feridos e destruiu parte da cidade.